quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Um pouco de história: Fender Stratocaster Jeff Beck Signature






Olá amigos, venho a publicar na coluna "Um pouco de história" algumas características, peculiaridades e curiosidades sobre as Fender "Jeff Beck", popularmente conhecidas mundialmente pelo reconhecimento de um dos maiores guitarristas de todos os tempos, e claro, a Fender não deixaria passar. Para o mês de novembro, abordaremos então um pouco sobre a história das Fender Stratocaster Signature Jeff Beck. Primeiro ano de fabricação da Signature Jeff Beck: 1991. Popularmente, o instrumento tem o famoso braço "taco de beisebol", por ser o mais encorpado feito pela Fender até hoje, inclusive sendo mais encorpado que as demais Jeff Beck sucessoras, também mais encorpado que a Tele Nocaster 51 e a Stratocaster Custom Shop NoNeck. As sucessoras de meados dos anos 90 também saíram com o braço encorpado, porém mais fino que as primeiras de 1991.


Atualmente o setor Masterbuilt da Fender fabrica um modelo reedição baseada nesse primeiro modelo de 1991. E é vendida por U$6300. Poucas pessoas sabem realmente da história desse modelo, que foi uma das primeiras Signatures fabricadas pela Fender. Na época elas eram fabricada pelos grandes luthiers da Fender que hoje fazem parte do setor Masterbuilt da empresa (Fender Custom Shop), como por exemplo, John Cruz e Tood Krause. Em 1995, com o surgimento do setor Custom Shop (o que de melhor existe na Fender é encontrado lá, tanto em termos de mão de obra humana, como em termos de seleção de madeira, construção e hardware), os principais nomes foram transferidos e não mais atuaram na fabricação deste modelo. A Fender Signature Jeff Beck é comercializada até hoje como um dos principais instrumentos produzidos pela linha Signature, as primeiras unidades construídas em 1991 são consideradas altamente colecionáveis, assim como as primeiras Eric Clapton, que existem desde 1989.





A Fender parou de usar esse nut em 1992, que é de fabricação da Wilkinson, pra usar o LSR (menor), assim como em 1999 a Fender parou de usar os captadores Lace Sensor (da fábrica LACE) e passou a desenvolver os seus próprios captadores sem ruído. Reparem na ausência de String Tree.



Jeff Beck Signature 1993 com captadores Lace Sensor



Sobre a ordem de produção dos captadores da linha sem ruídos, primeiro a Fender desenvolveu os Vintage Noiseless, depois o Hot Noiseless (com ímã cerâmico), posteriormente veio o SCN (Samarium Cobalt Noiseles) e depois o N3, que é a terceira versão melhorada do modelo Vintage Noiseless. 














As Stratocasters Fender Jeff Beck Signature de 2000 pra cá vêm equipadas com os Hot Noiseless instalados de fábrica, as Eric Clapton Signature vem com o set de Vintage Noiseless.








A Fender Stratocaster Plus, lançada em 1987 é a guitarra que originou a Stratocaster Signature Jeff Beck. Por isso, muitas pessoas ainda confundem o modelo Signature Jeff Beck com a linha Stratocaster Plus.

As três diferenças são :

1) A Jeff Beck tinha braço grosso "mais encorpado", enquanto a Plus era Modern C;

2) A Jeff Beck vinha com dois Lace Sensor com opção de ligar em série formando um "quadbucker" (cada lace já tem duas bobinas) tendo assim mais saída e som mais gordo;

3) A Plus vinha com case de fibra ABS no formato da guitarra com a logo PLUS na tag, e a Jeff Beck com case de madeira quadrado com revestimento Tweed e interior em plush laranja;





Equipando as Fender Stratocaster Plus, na versão normal com três Lace Sensor Gold, e a Fender Stratocaster Deluxe Plus, com o modelo do Lace Sensor Red na ponte, Silver no meio e Blue no braço, que são modelos de saída mais alta e som mais encorpado e menos brilhante, e vinha com escudo perolado. E também teve a Fender Stratocaster Ultra, que era um modelo acima destas.


A logo era "transition" até 1994, a partir de 1995 passou a ser a Spaguetti do começo dos anos 50. Até 1994 vinha com tarrachas Sperzel, de 1995 para frente passou a vir com Schaller/Fender.



Tarrachas Sperzel




Por volta de 1992 saiu de linha esse modelo de rollernut. Dentro desse roller nut ainda existem duas variações, até 1989 era aquele com inclinação na E A e D, e tem o inteiro alto de 1990 até parar de ser usado.



Encontrei no Google essa imagem ilustrativa da diferença da alavanca (tremulo) do modelo Jeff Beck para um modelo Reissue, fica evidente a curvatura acentuada no modelo Signature, mantendo as características fiéis do modelo utilizado por Jeff Beck, segundo pude averiguar.




sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Amigo Strateiro: Giannini Stratosonic AE08


Olá amigos, apresento para o mês de Novembro na coluna "amigo strateiro", a primeira publicação do amigo Thiago Melo a participar e postar sua experiência com essa Giannini Stratosonic AE08, além de ter a oportunidade de mostrar seu instrumento.

Conforme mencionei nas outras vezes, outras pessoas também podem usar esse espaço para compartilhar informações e experiências com seus instrumentos, nada mais legal do que somar vivências. Quer que sua Stratocaster seja postada no blog? Entre em contato conosco. A única regra é: o instrumento precisa "ser strato" e o amigo precisa "ter a strato". 

Dando continuidade nesse espaço, convido para o mês de Novembro o amigo Thiago Melo, proprietário de uma conservadíssima Giannini Stratosonic AE08.

Nome: Thiago Melo
Cidade: Rio de Janeiro
Proprietário: Giannini Stratosonic AE08
Serial Number: --

Especificações do modelo:
Nome: Giannini
Modelo: Stratocaster
Série: Stratosonic AE08
Madeira do corpo: Marupá
Madeira do braço: Marfim
Número de casas: 21
Madeira da escala:  Marfim
Chave seletora: 3 chaves
Captadores: Originais
Configuração dos captadores: SSS
Controle: 1 Volume e 2 Tones
Ponte: Tipo Strato – 6 parafusos Cores: Preta
Tarraxas: Originais
Escudo: Original branco recortado à mão (one ply) Knobs: Originais Serial Number: --
Fabricante: Giannini
Fabricação: Made in Brazil 
Ano: 1978



Conte um pouco da sua história com o instrumento: onde, como e quando comprou.

Minha história com essa guitarra começou na adolescência, final dos anos 80. Sempre gostei de musica, Rock em especial, e queria aprender a tocar guitarra. Falei com meu pai e ele conseguiu essa guitarra que pertencia ao filho do chefe dele, que tinha comprado e não usava. Tentei aprender a tocar, mas por falta de jeito e método não evoluí muito (não existia internet na época).A guitarra ficou encostada no meu quarto durante um tempo, até que eu saí de casa. Logo depois minha mãe se mudou para um apartamento menor e a guitarra ficou uns 20 anos guardada em um depósito. Na sequencia me dediquei a aprender o violão (já na era da internet) e vinha feliz até que comentei que estava pensando em voltar a tocar guitarra e meu padrasto lembrou dessa guitarra e ela estava lá, novinha.



Para você, o que representa ter uma Giannini AE08?
Ela tem um valor muito grande, representa um sonho de adolescência, que por alguma razão ficou congelado e agora posso voltar a praticar.



Como você definiria o som desse instrumento?
Como disse, não sou especialista em guitarra, fica difícil comparar, mas ela tem o som do Rock anos 70/80. E aquele chiadinho da idade.



Qual o principal ponto forte dessa guitarra?

A construção, pois já tem quase 40 anos e funcionando como nova. É verdade, passou um bom tempo no spa.


Qual o principal ponto fraco dessa guitarra?


Deve ter vários, mas prefiro não revelar.















Pretende fazer algum upgrade ou alguma modificação na guitarra?

Não. Pretendo manter como ela está. Totalmente original.

O que você diria às pessoas que não conhecem o modelo ou que sempre duvidaram da proposta da Gianinni em relação a qualidade e reputação desses modelos brasileiros?
























O que posso dizer é que se trata de um modelo histórico. Lembro de ver os guitarristas das bandas com suas Stratocasters, caríssimas, e a Giannini entregava esse modelo que satisfazia os desejos da galera. Sobre a qualidade não há o que reclamar, dentro da proposta original. Basta procurar e verá que existem guitarras com 40, 50 anos em pleno funcionamento.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Esclarecimento sobre a coluna "Amigo Strateiro"


Pois bem amigo, compartilho com vocês um pouco das dificuldades que todos passamos ao administrar um blog, independente da temática do mesmo, vocês já devem ter nota que geralmente eles acabam "morrendo" e não duram, geralmente, mais do que dois ou três anos. Um dos problemas não é nem a falta de tempo dos administradores de preparar as postagens, pois eu penso o seguinte... quando a gente quer, a gente arruma tempo. O que acontece é que ou o assunto se esgota (o que eu também discordo, pois temos que ter a criatividade suficiente para não deixar isso acontecer) ou o mais provável, na minha teoria, é a falta de boa vontade das pessoas em escrever. O brasileiro não gosta de escrever e isso é fato. O brasileiro também não tem o hábito da leitura e isso não é uma hipótese, é um fato já pesquisado e comprovado. Dessa forma, os blogs acabam se desgastando.. muitos começam muito bem, cheio de postagens e com o passar do tempo vai desgastando e o leitor percebe que os posts vão cada vez mais diminuindo, até chegar o ponto do administrador não postar mais nada e o blog ficar vagando nesse espaço chamado internet. Ok, mas e o que isso tem a ver com a coluna amigo Strateiro? 

Eu convido geralmente umas duas ou três pessoas para fazer a publicação e ter a oportunidade de apresentar o instrumento ao público leitor e sempre recebo um SIM cheio de euforias, as pessoas ficam contentes com os convites. O problema é que toda a euforia é passageira e quando passa, a vontade de querer contribuir vai embora. A média geralmente é baixa, para cada três pessoas que eu convido, apenas uma me envia de volta as perguntas respondidas e eu consigo fazer a publicação, ou ás vezes nem isso e eu tenho que sair a garimpar interessados e isso cansa, as pessoas não gostam de escrever. Tenho vários convidados que ficaram de me repassar o conteúdo das postagens para a coluna, por isso que o primeiro de todos os convidados a me mandar as respostas e as fotos para ilustrar, eu logo farei o post, como é apenas uma vez por mês (um post por mês), se mais de uma pessoa me mandar ficará como regra a publicação e prioridade para quem me mandar primeiro, repeitando uma fila ou lista de espera, se mais de uma pessoa me mandar ficará para o próximo mês.. e para o próximo e assim por diante. 


Por enquanto sem mais.


William de Oliveira

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Galeria de arte Stratocaster: Tema Ibanez Roadstar RG140


Olá amigos, venho a compartilhar um pouco mais das novidades que separei para o mês de Novembro, onde o décimo primeiro mês do ano foi escolhido para explorar na nossa galeria uma sequência de fotos abordando mais uma conhecida guitarra japonesa Ibanez Roadstar Stratocaster (ou Superstrato para a maioria), é a primeira vez que eu posto uma Ibanez no blog e também é a primeira vez que aparece uma Superstrato na galeria de arte Stratocaster. Como a Superstrato nasceu da Stratocaster e sem dúvidas é considerada como a evolução da Stratocaster, não vejo motivos para não postar aqui.  Aparentando qualidade dentro da média, esse instrumento é extremamente útil e facilmente de se encontrar em solo brasileiro, mas é bom destacar que dificilmente iremos encontrá-la aqui em bom estado de conservação, original e a preço acessível. Exemplar dos anos 80, essa Superstrato mantém o charme e a beleza das Stratocasters em sua essência e a eficácia dos instrumentos japoneses característicos desse período. A Ibanez é uma marca que começou a ser produzida no Japão na planta da FujiGen Gakki, mundialmente conhecida e difundida por grandes músicos no mundo inteiro, embora ainda não exista muito reconhecimento nos Estados Unidos exatamente por ser japonesa, os americanos infelizmente ainda não dão total crédito sobre esses instrumentos pelo fato de não serem construídos em solo americano, o que é uma grande bobagem, pois muitos instrumentos americanos produzidos no mesmo período dos anos 80 não tinham basicamente nada de especiais, apenas preenchiam o mercado com instrumentos baratos sem nenhuma qualidade na construção ou ao que se refere as madeiras e acabamento, sendo superadas facilmente pelos instrumentos japoneses.


Segundo os critérios do anunciante e proprietário do instrumento:

Excelentemente preservada, a Ibanez RG140 foi produzida a partir de 1987, é um dos primeiros modelos com o novo headstock. É simplesmente um instrumento prático, super-som Strat HSS com boas instalações e processamento - FujiGen Gakki (qualidade a um preço de pechincha!).

Corpo: Basswood
Braço: Maple, perfil bastante plana C
Escala: Rosewood
Trastes recém colocadas, ação das cordas: 1,6 milímetros!
Tarraxas: Gotoh
Ano: 1987
Made in Japan - FujiGen Gakki
Peso: 3,1 kg

Estado: Super conservada! Apenas pequenos, espalhados pontos e arranhões na superfície.

Som: Espanta-me sempre como estas Roadstars são bem equilibradas para uma Stratocaster normal vintage. Claro, o modelo vem em um sentido mais moderno, com o foco em algo mais visando sustentar e um som mais poderoso, e o ataque são abundantes nos captadores. A guitarra distorcida é tão divertida como no clean - acordes permanecem claros e vívidos; a coisa é feita pelos "Super 70 pickups", bem como as bobinas individuais fazem.