sábado, 31 de outubro de 2015

Galeria de arte Stratocaster: Tema Cimar


Olá amigos, venho a compartilhar um pouco mais das novidades que separei para o mês de Outubro, onde o décimo mês do ano foi escolhido para explorar na nossa galeria uma sequência de fotos abordando mais uma conhecida guitarra japonesa Cimar Stratocaster, aparentando qualidade dentro da média, esse instrumento é extremamente raro em solo brasileiro e dificilmente iremos encontrá-la aqui. Exemplar dos anos 70, essa Stratocaster mantém o charme e a beleza dos instrumentos característicos desse período em seu big headstock (copiados da Fender). A Cimar é uma sub marca da Ibanez e não existe muita informação sobre esses instrumentos, pois não tinham basicamente nada de especiais, apenas preenchiam o mercado dos instrumentos baratos com alguma qualidade ao que se refere as madeiras e acabamento.


Segundo os critérios do anunciante e proprietário do instrumento:

Sem envelhecimento artificial, apresenta os traços reais dos últimos 40 anos, o que dá a guitarra uma autêntica aura vintage. Especificações:


- Corpo Ash, 3 peças
- Braço em Maple,  C-profile
- Escala em Maple colada
- Trastes recém-instaladas, altura das cordas: 2 mm
- Captadores alnico de alta qualidade, 3-Way Chave seletora
- Tremolo de alta qualidade (a partir de uma peça de aço)
- Peso: 3,6 kg

Som: Eu acho que vou dizer que ela não tem nada de novo, quando digo que as guitarras que se parecem com isso, não podem parecer ruins. Pode-se encontrar tudo o que uma Stratocaster com um bom braço pode precisar - falar alto e sobretons em todas as posições dos captadores. Nas distorções ela fornece os médios necessários para manter o som definido e permanecendo maravilhosamente aberto.
























































Para saber mais:


quinta-feira, 29 de outubro de 2015

As 15 personalidades mais chatas dentro de uma banda


Olá amigos do blog, quase todos que irão ler esse post tem ou já tiveram uma banda algum dia na vida e certamente já se depararam ou ainda irão se deparar com as quinze personalidades listadas aqui. Eu procurei algumas pessoas que tocam em bandas e com a ajuda deles, conseguimos listar as mais comuns de todos os tempos. Esteja preparado, pois com certeza seu amigo de banda estará encaixado aqui:
  1. O ego da estrela: O maior problema visto para alguém que está dentro de uma banda é ter que lidar com aquele personagem que não controla o seu ego. É ele quem decide as músicas do repertório, é quem geralmente decide o som da banda e quem organiza a sequência de todas as coisas, mas não tem planejamento coerente e esse é o maior problema. O líder "mandante" não segue orientações e costuma tomar decisões sozinho, mesmo que finja pedir opiniões de outros membros da banda, não se engane, a decisão final vai ser sempre fazer a vontade própria. Se você decidir fazer oposição a ele, corre sérios riscos de sair da banda, pois normalmente a banda é cheia de babacas que aceitam as manias da "estrela" e estão lá exatamente para fazer suas vontades, a banda irá se voltar contra o único a fazer oposição e você ainda será rotulado como o "louco revoltado" do grupo, ou se a banda não estiver repleto de puxa sacos e os caras forem um pouco espertos, irá acabar com o tempo.. exatamente como no Guns n´Roses, pois os membros não irão aguentar a chatice por muito tempo.                                                                                       
  2. O pobre da banda: É aquele cara que não tem recursos para ajudar e a banda literalmente "carrega nas costas". Não ajuda a pagar o estúdio, não costuma colaborar com a vaquinha para a gasolina e geralmente é quem tem os piores instrumentos da banda. Quando levanta uma grana, costuma colocar fora com qualquer coisa de seu interesse, menos a comprar um set de cordas novas para seu instrumento. O músico mendigo não tem equipamento, instrumento, cabos, palhetas e vive pedindo tudo emprestado para os demais da banda.                                                                                                            
  3. O músico autoral & autodidata: É aquele que geralmente se nega a fazer aulas particulares de música porque pensa que isso irá influenciar "no seu estilo e nas suas ideias autorais". Acredita que suas ideias musicais são geniais e se nega a tocar músicas covers de outras bandas. Paga 20 cópias de seu CD gravado no pior estúdio de sua cidade e presenteia familiares e amigos, na esperança de que algum dia um caça talentos o descubra no meio de um acervo ou pilha bagunçada de CDs usados em um sebo da capital.                                                                                                                     
  4. O vagabundo: "Hoje não dá, amanhã é sábado e estarei com a namorada e Domingo tenho churrasco com os tios e familiares", o músico vagabundo não se interessa em colaborar com os demais integrantes e não parece se importar com isso. É geralmente quem chega atrasado nos ensaios, é o último a tirar as músicas do setlist e geralmente é aquele que não tem ambição nenhuma a crescer com a banda. Nunca querem ensaiar e acham que "tudo vai dar certo na hora do show" .                                                                                                                                           
  5. O ancião: Se considera o macaco velho da banda, aquele que tem "rodagem" e que conhece tudo o que pode acontecer em uma banda. O problema é que tentará manipular os demais integrantes mais novos a seguirem suas manias, geralmente é aquele babaca que costuma não aceitar quando músicos mais novos entram na banda, pois costuma rotular os mais jovens: "sabe menos de música do que eu que já passei por todas as experiências". Não inova, não aprende nada (pois acha que já sabe tudo), apenas repete padrões ultrapassados na maioria das vezes.                                                                                                                                                           
  6. O insubstituível: Geralmente é quem tem mais dinheiro e aquele que é o dono de metade das coisas da banda. É dele a garagem que vocês ensaiam, é dele os amplificadores, é dele a cadeira que você está sentado e é dele o ar que você respira. O dono da bola e do campinho de futebol estará sempre insatisfeito com algo ou com alguém, pois você não limpou os pés direito antes de entrar no piso de porcelana da casa ou do "estúdio" dele.                                                                                                                                                                                                          
  7. O relações públicas/pessoais: É o personagem da banda que tem mais lábia, aquele que costuma conhecer tudo e todos e irá garimpar as melhores casas noturnas, bares e pubs para tocar. A facilidade de comunicação do cara é a chave para o sucesso da banda, mas nem sempre as coisas saem como o esperado e a banda ficará sem lugar para tocar.                                                                                                                                                                                       
  8. O prostituto: Esse é o personagem que prostitui a banda. Ele aceita tocar de graça em qualquer lugar sem antes consultar os demais da banda. Melhor do que isso, ele paga para tocar e criará agendas de compromissos para a banda sem avisar o grupo, onde todos deverão tirar do bolso para tocar nas espeluncas que o cara encontrou.                                                                                
  9. O cana brava da banda: Ele não sobe no palco sem antes beber todas ou acender o cigarrinho de maconha ou dar aquela narigada na farinha, para ele "não tem graça se não for desse jeito". O público geralmente percebe e a banda se queima, pois o comportamento do personagem nem sempre é omitido dos holofotes sociais. Você pode tocar a dez anos com o cara, mas nunca viu ele tirar um acorde enquanto "sóbrio".                                                                                                        
  10. Espírito de Tio Sam: Espírito de Tio Sam ou Tim Maia (como já ouvi por aí) é o cara que no meio da música (seja no ensaio ou inclusive na apresentação, principalmente na apresentação mais importante da banda) irá parar de tocar e irá se negar a seguir em frente, irá reclamar de tudo.. do retorno, da microfonia das caixas, do choque do microfone, da chuva e do vento que encana pela janela, do dono do bar que não deu a dose mais cara da bebida que ele tentou levar de graça, do comportamento popular, da platéia que não empolga a banda e etc. Quando ele consegue que a banda pare de tocar e a platéia se revolte, todos querem fuzilar a figura, inclusive e principalmente a banda.                                                                                                 
  11. O Zé galinha: Ele geralmente não está nem aí para a banda, toca porque só pensa em "passar o rodo geral e pegar a mulherada". O negócio dele é tocar para poder pegar alguém, por melhor que tenha sido a noite ou a performance da banda, a noite não estará completa para ele se não tiver conseguido pegar alguém.                                                                                                         
  12. O encoleirado: O encoleirado é o contra ponto do Zé galinha. Aqui a namorada manda nele e se rolar um show que a namorada não possa ir, ele também não vai. Aliás, se não fosse pelo consentimento informado da namorada, ele nem estaria na banda. Não pode ensaiar, nem participar de nada se não for à gosto da namorada, seu horários e calendários também serão de acordo com a agenda da namorada. A namorada é o repelente que afasta as fãs reais ou imaginárias da banda, pois para ela, seu namorado é o alvo e não poderá sofrer nenhum assédio ou estará automaticamente fora da banda.                                                                                       
  13. O rebelde sem calça: Aqui esse personagem paga geralmente de malvadão no rolê e se considera o "bad boy" da banda, mas além da mãe dele não poder escutar as músicas da banda e sequer imaginar as letras que ele canta/toca ( porque caso contrário ela o mataria e o afastaria da banda) ele tem que estar em casa nos horários que foram combinados ou nada feito. A banda atrasou? Isso não é problema seu, ficará sem tocar com os caras. A banda irá tocar fora de sua cidade? Sim, mas sem o rebelde sem calça, pois certamente sua mãe não o deixará ir com a banda (uma vez que ela não possa ir junto).                                                                                    
  14. Surto de Kurt: O espírito baixa no meio da apresentação e o cara surta, derruba os amplificadores, pula do palco, se joga no chão, estoura as cordas e esquece da banda.. a cozinha que se dane para acompanhá-lo. Geralmente nessa hora ele já se esqueceu que levou apenas uma guitarra para a apresentação e praticamente estará condenando a sequência da apresentação da banda, que ficará com menos um integrante por ter "detonado" seu instrumento durante o surto.                                                                                                                                 
  15. Boneca: A boneca é aquela personalidade que entra na banda apenas porque é bonita e gostosa e a banda sabe disso. Também sabe que a mesma canta mal, não toca nada ou não tem habilidades e nem irá acrescentar nada musicalmente além de não ser criativa, mas estará dentro apenas porque a banda acredita que os marmanjos irão ao show apenas para cortejá-la e para ver o decote dela "balançar". 


domingo, 25 de outubro de 2015

Limpando a escala: receita caseira


Olá amigos, estava eu viajando pela net quando encontro uma dica bem legal para limpezas de escalas escuras do amigo Édney Helene:

Receitinha básica de extrato de limão pra limpeza efetiva de escalas escuras:

1/3 de suco de limão (Encontrável no supermercado ou fruteira)


1/3 de óleo mineral (Encontrável nas farmácias)




1/3 alcool isopropilico (Encontrável em supermercado ou nas farmácias)




Eu reluto um pouco quando vejo essas ideias caseiras mas dessa vez resolvi apostar e peguei o instrumento mais simples que eu tinha e testei aqui em casa, realmente ficou muito bom, tanto no "cheirinho" quanto na aparência, eu apenas gostaria de sugerir para diminuir no óleo mineral, para aqueles que não querem a solução com aparência mais gosmenta e preferem mais líquida. Se achar o cheiro do limão muito forte, dilua o conteúdo do suco de limão em 50% de água. Outra coisa que fica legal é usar um borrifador, geralmente se encontra facilmente para venda nos mercados desse Brasil varonil. A diluição fica mais fácil com mais álcool ou se preferir, coloque água. Eu já vi algumas pessoas se queixarem que essas soluções com limão escurecem escalas claras em Maple ou Marfim, mas eu sinceramente nunca associei com isso, geralmente o suor dos dedos já seria o suficiente para escurecer o verniz e a madeira, sem mencionar a ação do tempo. Via das dúvidas, fica aqui nossa recomendação: não passe em escalas claras. Outra coisa é o óleo de peroba, não aplique em escalas claras (algumas marcas são envernizadas, ou usam celadoras finas ou são enceradas). Se alguém mais quiser testar em escalas escuras e postar os resultados, fiz em casa e ficou realmente satisfatório.

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Um pouco de história: Dolphin Stratocaster - Made in Brazil


Olá pessoal, dessa vez vou apresentar a vocês outro instrumento nacional que merece um destaque! Então vamos lá:

Nome: Dolphin
Modelo: Stratocaster
Serie: 80' (Era Assale) - 90' (Era Pós Assale)
Madeira do corpo: Mogno
Madeira do braço: Marfim Imperial
Escala: Marfim Imperial
Corpo - Shape: Stratocaster
Número de casas: 21
Headstock: Dolphin Headstock
Neck Plate: Era Assale (Sem neckplate) - Era pós Assale (Neck com 4 parafusos).
Configuração dos captadores: S/S/S
Captadores: Captadores de cerâmico revestidos com cover do tipo "Lace Sensor"
Chave seletora: Era Assale (3 botões) - Era Pós Assale (5 posições)
Controle: 1 Volume - 2 Tone
Cores: Preto, vermelho, amarelo, verde/azul metalizado.
Ponte: Vintage - 6 parafusos
Tarraxas: Originais 
Escudo e Knobs: Escudo branco com Knobs originais de fábrica
Fabricação: Made in Brazil
Era assale (1988/1989) Era Pós Assale (1990/1994)
Fabricante: Dolphin
Período de Fabricação: 
Era assale (1988/1989) Era Pós Assale (1990/1994)

(Foto 1)


História

    Em meados dos anos 80, os instrumentos no país apresentavam qualidade duvidosa, tanto por conta da má qualidade dos componentes disponíveis (além da dificuldade em exportar novos), quanto pela “despreocupação” e falta de controle durante a construção.

    O engenheiro Carlos Assale, em vista disso, buscou melhorar o sustain dos instrumentos, desenvolvendo assim pontes com maior quantidade de material ferroso, compensando assim a baixa ressonância dos instrumentos em questão.

    A partir daí, exatamente em 1984 surgiu a Dolphin, a marca buscava principalmente a melhoria na qualidade dos instrumentos circulantes no país, por um preço acessível.

    Assale costumava dizer que o lema da fábrica era “afinação e conforto”, desde os instrumentos de entrada até os mais conceituados. Na época a marca recebeu muitas cartas de professores de música, parabenizando o trabalho de Carlos e sua equipe.

    O design inovador era marca registrada também, sempre buscando modelos únicos e com diferentes possibilidades para atender a todos os gostos.

    Com pouco tempo de mercado a marca teve acesso a produtos com maior qualidade, entre eles acessórios das marcas Gotoh, Schaller, Kahler, Cor-tke (Cort), entre outros.

    Em 1992, com a dificuldade em concorrer com o mercado chinês e o convite da Giannini para desenvolver o projeto Southern Cross, Assale acabou deixando o comando da marca.

    Dia 2 de setembro de 2010, devido a problemas de saúde, Carlos Assale nos deixou.

    Obs: as informações foram coletadas a partir de sites, fóruns e pessoas que conheciam Carlos Assale pessoalmente.


 (Foto 2)

    Dolphin Stratocaster

    Apesar dos instrumentos da marca apresentarem design únicos, a stratocaster permaneceu com suas curvas tradicionais, agradando aos músicos da época (e também de hoje), que buscavam tal modelo a um preço acessível e com uma boa qualidade.


(Foto 3)


    - Corpo/braço

    O corpo é em mogno, sendo em sua maioria uma única peça; pesado, bem ressonante e dando um timbre um pouco menos agudo e mais cheio do que o “padrão Fender”.
O braço em marfim (peça única) é bem confortável, trastes finos (com a presença do traste zero) e com o tensor no tróculo (sendo necessário usar uma chave de boca para sua regulagem). O headstock sofreu algumas modificações com o tempo e também recebeu a inscrição “strato”.


(Foto 4)


    - Captadores/elétrica

    Os captadores  eram simples, de baixa saída e com o cover liso (tipo EMG). A parte elétrica também sofreu alterações, as primeiras stratos apresentavam 3 botões on/off individuais, e posteriormente foram substituídos pela chave seletora tradicional.


(Foto 5)

  
    Conclusão

    Já tive 3 exemplares, sendo dois deles dos anos 90 e um dos anos 80, é um instrumento que sempre me agradou muito, mas fui obrigado a me desfazer com o tempo.

    Para quem gosta de guitarras antigas e busca algo “útil”, que não necessite de uma porção de reparos para se tornar “tocável” (vide Giannini, Tonante, etc..), acredito ser uma das melhores opções.
    Carlos Assale é um dos nomes que contribuiu mundo para o avanço dos instrumentos no país!


(Foto 6)

(Foto 7)

(Foto 8)

(Foto 9)

Legenda:

Dolphin “pósAssale”: (foto 1)
Obs: Toda original.

Dolphin “era Assale”: (foto 2)
Obs: A pintura, knobs e tarraxas não são originais.

Dolphin “era Assale”: (foto 3)
Obs: Toda original.

Dolphin “pós era Assale”: (foto 4)
Obs: Toda original.

Dolphin "Pós era Assale": (Foto 5)
Obs: Detalhe do captador.
  
Dolphin “pós Assale”: (foto 6)
Obs: O captador do braço não original.

Dolphin “era Assale”: (foto 7)
Obs: Headstock Era Assale.

Dolphin “era Assale”: (foto 8)
Obs: Headstock Era Pós Assale.

Dolhpin "pós era Assale": (foto 9)
Obs: Etiqueta com número de série no backplate.


Erich Von Farah

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

As quatro maiores invenções/descobertas da humanidade


Olá amigos, o post de hoje é muito simples: "as quatro maiores invenções/descobertas da humanidade". Você deve de estar se perguntando nesse momento o que isso tem a ver com o blog. Muito simples, representa algumas "mudanças", e logo mais você irá entender. Pois bem, vamos as quatro descobertas mais fascinantes:

* Fogo: sem ele, pense bem, não haveria praticamente nenhum desenvolvimento em absolutamente nada... haveriam perdas significativas em todas as áreas possíveis de se imaginar. Sua linda guitarra que hoje você tanto ostenta no suporte da sua parede não estaria lá, aliás, talvez nem a parede que dá sustentabilidade ao suporte estaria lá, quanto mais o instrumento. Sem o fogo, você não teria os confortos de hoje, pois a humanidade não teria se desenvolvido e muito provavelmente você nem existisse. Lembre também que se não tivéssemos descoberto o fogo, jamais iríamos presenciar o espetáculo que foi ver Hendrix colocando fogo em sua Stratocaster (embora eu seja contra essa maldade hehe).




* Roda: sem dúvidas foi a segunda melhor criação do homem, essa pequena ferramenta possibilitou o transporte de cargas, objetos e pessoas, se não existisse a roda, você também não teria essa Fender que tanto ostenta dentro do seu case, porque eu duvido muito que a indústria teria a evolução que conhecemos hoje e certamente Leo Fender encontraria bem mais dificuldades do que enfrentou em meados dos anos 40 e início dos anos 50, e muito provavelmente não conseguiria produzir os instrumentos que produziu. Mas então você pode pensar, "mas na genialidade dele, mesmo sem a roda e os sistemas de transporte que existiam nos anos 50, mesmo assim ele daria um jeito de inovar e colocar em prática todas as criações dele, entre elas a Stratocaster". Mas então eu pergunto: e como essa Fender faria para vir lá dos USA para a America do sul? Viria a cavalo? Lembra que sem a roda, nem mesmo de carroça ela poderia vir. Mas então viria por alguma embarcação pelo mar, você poderá responder. Lembrando que sem a roda e o avanço nos meios de transporte que conhecemos hoje, certamente afetaria o desenvolvimento da indústria naval e não teríamos os "cargueiros" que conhecemos hoje e que diariamente aparecem ancorados nos portos desse Brasil varonil. 




* Stratocaster: a Strato foi certamente a terceira melhor invenção do homem. Pense, se Leo Fender tivesse sofrido de um adoecimento que o impedisse de fazer todas as criações que desenvolveu, como que Hendrix faria para se tornar a lenda que se tornou? Como Stevie Ray Vaughan tocaria suas músicas? Como Eric Clapton timbraria seus instrumentos? Como seria a técnica do Yngwie Malmsteen em outro modelo de guitarra? Será que o sueco sofreria com essas consequências? Mas então você certamente pensaria: "seriam gênios mesmo assim, pois tocariam e desenvolveriam suas músicas com outros modelos". Você pode até estar certo, mas será que fariam o mesmo sucesso? Como seriam suas músicas sem a Stratocaster? Como seria o timbre deles? Eu não me arriscaria em mudar o passado. A Stratocaster está aí e veio para ficar.




* Les Paul: a Les Paul foi certamente a quarta melhor invenção do homem. Pense, se Ted MCcarty com a ajuda de Les Paul (que foi um grande músico, guitarrista e inventor americano em meados dos anos 30 e 40) não tivesse inovado e criado suas próprias guitarras, como a Gibson iria satisfazer o mercado mundial sem o modelo mais popular e utilizado no planeta? O pai da invenção mais importante comercializada e produzida pela Gibson e por tantas outras empresas importantes, certamente tem grande importância e reconhecimento pelos principais artistas do mundo inteiro. The Edge, Keith Richards, Slash, Jimmy Page certamente teriam dificuldades em adaptar seus estilos pessoais a outros modelos de guitarras.




Bom, e o que isso tem a ver com o blog? A um tempo atrás eu fiz uma enquete perguntando se deveríamos apenas seguir publicando sobre o modelo Stratocaster (foco principal do blog) ou se poderíamos fazer postagens sobre outros modelos. É claro que não tivemos surpresas no resultado e ficou claro que o leitor que entra aqui quer saber sobre as Stratos e nada mais. Nada mais? Vocês não adorariam ver posts relacionados a pedais, amplificadores, captadores e tudo mais? Duvido que não.

Além disso, e porque não, abordar outros modelos? É claro que, minha intenção não é fazer do blog uma ferramenta sem sentido ou uma salada de frutas. Por isso, o foco principal vai continuar sendo as Stratocasters, mas eu vou sim deixar claro de uma vez por todas: outras coisas virão! E no próximo post irei publicar uma nova coluna, que irá acrescentar as já populares e conhecidas colunas Amigo Strateiro, Raridade do Mês, Galeria de arte Stratocaster e Um pouco de história. A coluna intitulada "Diário de um Strateiro" será preservada e dividirá espaço com outra coluna, mas não será extinta. Na coluna Diário de um Strateiro, é feita a narração de uma história popular juntamente com o instrumento, abrindo uma exceção: qualquer modelo, inclusive violões e baixos. Á partir de agora, dividirá espaço com uma nova coluna que se chamará "Stratosfera", e nela estará incluídas os posts referentes a qualquer coisa do mundo da música e instrumentos musicais, como por exemplo Les Paul, Soloist, Superstrato, Telecaster, Flying V, SG, etc..etc.. Também entrará aqui os artigos publicados que virão sobre pedais, captadores, amplificadores e demais atualidades do mundo da música (artistas, shows, eventos). Agradeço a todos que acompanham o Blog, e dou-lhes a segurança de que o foco principal sempre será a Stratocaster, mas pelo menos uma vez por mês será publicada a coluna "Stratosfera" onde várias novidades poderão aparecer do mundo da música. Fiquem ligados!


William de Oliveira

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Amigo Strateiro: Tagima Signature Juninho Afram JA2



Olá amigos, apresento para o mês de Outubro na coluna "amigo strateiro", a primeira publicação do amigo Wesley Rodrigues a participar e postar sua experiência com essa Tagima Juninho Afram, além de ter a oportunidade de mostrar seu instrumento.

Conforme mencionei nas outras vezes, outras pessoas também podem usar esse espaço para compartilhar informações e experiências com seus instrumentos, nada mais legal do que somar vivências. Quer que sua Stratocaster seja postada no blog? Entre em contato conosco. A única regra é: o instrumento precisa "ser strato" e o amigo precisa "ter a strato". 

Dando continuidade nesse espaço, convido para o mês de Outubro o amigo Wesley Rodrigues, proprietário de uma popular Tagima Signature Juninho Afram.

Nome: Wesley Rodrigues
Cidade: Boituva/SP
Proprietário: Tagima Signature Juninho Afram
Serial Number: 532651

Especificações do modelo:

Nome: Tagima
Modelo: Stratocaster
Série: Signature Juninho Afram JA2
Madeira do corpo: Cedro
Madeira do braço: Marfim
Madeira da escala: Marfim com marcações em Ebalone
Número de casas: 22 trates
Configuração dos captadores: H/S/H
Captadores:
2 Humbucker Modelo Hot Bucker, 1 Single T-Standard Tagima
Chave seletora: cinco posições
Controle: 1Vol e 1 Tone
Cores: Vermelho Craquelado
Ponte: Tagima
Escudo: Preto
Knobs: Pretos
Fabricação: Made in Brazil
Ano: 2010
Fabricante: Tagima®
Serial Number: 532651


Conte um pouco da sua história com o instrumento: onde, como e quando comprou.

Comecei estudar guitarra aos 13 anos e como a maioria dos guitarristas do meio cristão, minha grande influência foi e é o Juninho Afram, eu ficava pasmo ao ver os solos dele, como um sonho de criança minha maior vontade era ter uma Tagima JA, passei anos procurando mas lembro que sairia muito caro para um adolescente de 12 anos. Alguns anos se passaram e quando de repente encontrei um colega anunciando ela em um site de vendas e por um preço ótimo, juntei umas economias e consegui comprar meu sonho desde pequeno, uma Tagima JA signature.




Para você, o que representa ter uma Tagima Signature?

É uma satisfação imensa, além do fato de ser realização de um sonho, é um orgulho saber que consegui chegar no meu objetivo.





Como você definiria o som desse instrumento?

Muito bem encorpado, timbres bem definidos de uma strato, uma ótima guitarra para quem procura um timbre bem definido com clareza.

Qual o principal ponto forte dessa guitarra?

Ela vai das distorções sujas aos drives limpos timbrando muito! Por onde passo levo elogios sobre a guitarra.

Qual o principal ponto fraco dessa guitarra?

As JA's são fabricadas com 22 trastes... Eu prefiro 24 trastes (por tocar alguns estilos de rock) porém todas elas são fabricadas com essa característica.

Pretende fazer algum upgrade ou alguma modificação na guitarra?

Pretendo colocar um Seymour Duncan na ponte, preciso de apenas um pouco mais definição nos harmônicos.



O que você diria as pessoas que não conhecem as guitarras da série signature ou que sempre duvidaram da qualidade desses instrumentos produzidos pela Tagima?

Não nego que a Tagima tem um custo beneficio alto em questão dessas linhas, porém, o instrumento nunca me deixou na mão, valeu a pena ter pago cada centavo, o acabamento, a sonoridade, a estética e o conjunto ao todo são muito bons e satisfatórios, é um produto "nacional" de uma ótima qualidade.



Ao lado, em detalhe captadores e ponte Floyd Rose



Foto da riqueza de detalhes do craquelado



Wesley com sua emblemática Tagima Juninho Afram Signature