quinta-feira, 30 de julho de 2015

Raridade do mês: Tokai Stratocaster



Olá amigos, venho trazer nesse post dedicado à raridade do Mês de Julho, uma edição produzida nos anos 70 pela empresa Tokai Gakki, responsável direta pela produção das mais belas Stratocasters já construídas em solo japonês: estamos falando, é claro, das belíssimas Tokai Stratocasters. 


Especificações:


Nome: Tokai®
Modelo: Stratocaster
Série: Springy Sound ST 80 (Reissue Strat 54')
Madeira do corpo: Alder
Madeira do braço: Maple
Escala: Maple
Corpo - Shape: Stratocaster
Número de casas: 21
Headstock: Big Head
Neck Plate: Standard 4 furos
Configuração dos captadores: S/S/S 
Captadores: Originais
Chave seletora: 5 posições
Controle: 1 Volume - 1 Tone
Cores: Two Color Sunburst
Ponte: Vintage Style - 6 parafusos
Tarraxas: Originais
Escudo: Escudo White One Ply - 8 furos
Knobs: Knobs White
Fabricação: Made in Japan 
Ano: 197?
Fabricante: Tokai Gakki Ltd. (Hamamatsu)
Período de Fabricação: 1977 - 1982























quarta-feira, 29 de julho de 2015

Amigo Strateiro: Fender Classic Series 50'


Olá amigos, apresento para o mês de Julho na coluna "amigo strateiro", a primeira publicação do amigo Moisés Figueiredo a participar e postar sua experiência com essa Fender MIM, além de ter a oportunidade de mostrar seu instrumento.

Conforme mencionei nas outras vezes, outras pessoas também podem usar esse espaço para compartilhar informações e experiências com seus instrumentos, nada mais legal do que somar vivências. Quer que sua Stratocaster seja postada no blog? Entre em contato conosco. A única regra é: o instrumento precisa "ser strato" e o amigo precisa "ter a strato". 

Dando continuidade nesse espaço, convido para o mês de Julho o amigo Moisés Figueiredo, proprietário de uma icônica Fender Classic Series 50'.

Nome: Moisés Figueiredo
Cidade: Turmalina/MG
Proprietário: Fender Classic Series 50'
Serial Number: --

Bem, primeiramente gostaria de agradecer o William Oliveira pelo convite de ser colaborador do blog. É um prazer participar deste projeto com ele e poder compartilhar o pouco que sei sobre Stratocaster. Tentarei contribuir da melhor maneira e com uma certa frequência, e também aprender com vocês.  O texto relata uma opinião pessoal e não tem intenção de ser regra.

Então, hoje falaremos de minha guitarra Fender Classic Séries 50.

Especificações do modelo:

Nome: Fender
Modelo: Stratocaster
Série: Classic Séries ´50
Madeira do corpo: Alder (3 partes)
Madeira do braço/escala: All maple
Braço –Shape: Soft V, raio 7,25
Corpo-shape: Vintage style 50´
Número de casas: 21 casas
Headstock:  Small
Configuração dos captadores: SSS
Captadores:  Vintage-Style Single-Coil Strat – mesma construção dos American Standard antes de 2012. Carretel de plástico e Ímâ em Alnico 5, resistência por volta de 5,5k.
Chave seletora: 5 posições
Controle: 1 Vol e 2 Tones
Cores: Preta, Sunburst, Daphne Blue, Surf Green, Fiesta Red
Ponte: Vintage, padrão americano de 56mm entre o ultimo e primeiro parafuso de fixação.
Escudo: 8 furos, camada única
Knobs: Vintage aged
Fabricação: Made in México
Ano: 2008
Fabricante: Fender
Período de fabricação: ? até atualidade (2015)


Conte um pouco da sua história com o instrumento: onde, como e quando comprou.

Essa guitarra foi adquirida no ano de 2012 a partir de uma troca em outro instrumento, até mais caro (American Vintage), mas por questões de ocasião foi um bom negócio devido à volta que tive em dinheiro. Trata-se de um modelo mexicano, que inicialmente tive preconceito, mas que ao regulá-la e tocá-la me apaixonei. Obviamente é inferior à Vintage American, mas algo que não vale a diferença financeira entre os dois modelos.


Para você, o que representa ter uma Fender Stratocaster?

Pra mim a Fender não é só um instrumento. Ter um exemplar da marca é participar de toda a cultura criada com o nome Fender. Desde sua criação, a Fender revolucionou o mundo musical, e apesar de todos os períodos negros em sua história ela se mantém mais firme do que nunca. A criação dos modelos lendários da Fender é como “invenção da roda” no mundo musical, principalmente para o rock e blues, apesar de serem instrumentos bastante ecléticos. E não se limita apenas à Stratocaster, vai a paixão pelos amplificadores, Telecaster e baixo.  Então ao ouvir Hendrix, Vaughan, Gilmour, Clapton e tantos outros, você não consegue ouvir e não pensar na Stratocaster Fender. Pra mim ter uma Stratocaster Fender plugada num bom ampli me faz parte da história Fender, que é construída há muitos anos por todos fãs deste segmento.


Como você definiria o som desse instrumento?

Inicialmente, eu costumo sentir o som da guitarra desplugada. Pra mim guitarra boa tem que ter som desligada, ali você sente mais a ressonância das madeiras... não sei explicar a sensação, mas pra mim uma guitarra com um bom som desligada tem mais potencial. A classic séries tem bastante ressonância entre as madeiras, som equilibrado. Ao plugar no ampli a Classic Series ’50 não decepciona. Têm um som com bastante agudo e brilho, graves equilibrados, mas com excesso de médio na posição da ponte. Senti os captadores um pouco fracos, acho que devido a baixa resistência da bobina do captador. Mas de maneira geral tem um som clássico de Stratocaster american standard. A guitarra possui um sustain muito bom, acredito que devido à ponte BigBlock original no modelo. Costumo deixar a guitarra regulada com bastante tensão nas molas, pois quase nunca uso o trêmolo.  

Qual o principal ponto forte dessa guitarra?

É uma guitarra com construção muito bem feita, seguindo a construção do braço com ajuste de tensor pelo tróculo, logotipo spaguethi, escala com raio 7,25 (relação de amor e ódio, eu curto a escala bem curva), shape do braço em soft V, shape do corpo com contornos fiéis aos modelos 50’, ponte padrão vintage 56mm e big block. Tocabilidade, afinação e timbre.


Quais os pontos negativos dessa guitarra?

Acabamento em poliuretano (PU). Uma guitarra com essa proposta deveria sair com acabamento em nitrocelulose. Pensando nisso, a Fender criou o modelo Classic Series ’50s Lacquer (nitrocelulose), que só se encontra na cor Candy Apple Red.
Possui captadores bons, mas abaixo do nível da construção da guitarra, merece receber captadores custom shop. Acompanha um Bag da Fender, deveria vir em um case tweed. Talvez com essas mudanças o preço aumentasse muito e não seria o objetivo da Fender.  


Como foi o processo de customização? Pretende fazer mais algum upgrade ou mais alguma modificação na guitarra?

Troquei os captadores originais por captadores Custom Shop FAT 50, coloquei um neck plate Fender que tinha guardado em casa, e adquiri um case tweed. Acho que a guitarra não tem mais o que ser feito para melhorá-la, talvez a substituição do capacitor do tone por um capacitor à óleo, mais por saudosismo do que por necessidade.


O que você diria as pessoas que não conhecem a Classic Series ou que sempre duvidaram da proposta da Fender em manter os padrões de qualidade nesses modelos mexicanos

É o melhor custo benefício em uma guitarra com visual e pegada vintage. Pra melhorar o som vale à pena o upgrade dos captadores, você terá em mãos um excelente instrumento. Ela se diferencia da Standard MIM devido á qualidade das madeiras, geralmente são três partes de alder, e não aquele sanduíche de seis ou sete pedaços de Alder cobertos por uma lâmina (Alder), usados nas Standard MIM. Também possui ponte com padrão americano, big block e o principal, o shape do braço e corpo, que deixou a guitarra com uma pegada incrível. Na minha opinião é superior à uma American Standard e tem um preço inferior. Comparadas às MIJ são inferiores às primeiras MIJ, da década de 80, que possuíam bons captadores e ferragens. Não conheço os novos modelos MIJ para dizer minha opinião. Acredito que a Classic Series ‘50s seja a escolha certa pra quem quer um visual vintage, curte a pegada dos braços vintage e não tem grana para uma American Vintage... Digamos que é a porta de entrada no mundo das clássicas.


Abraços e até a próxima. Bend’s up!!!


Moisés Figueiredo































sábado, 25 de julho de 2015

Galeria de arte Stratocaster: Tema Tokai Custom Edition


Olá amigos, é com alegria que venho a compartilhar um pouco mais das novidades que separei para o mês de Julho, onde o sétimo mês do ano foi escolhido para abordar uma sequência de postagens abordando a lendária guitarra japonesa Tokai Stratocaster, confesso a vocês que eu já estava decidido a bastante tempo atrás a me dedicar profundamente a elas, mas por um motivo ou outro resolvia sempre adiar para o próximo mês. 

Pensando nisso, para a nossa próxima postagem da galeria especial de fotografias, segue a sequência de imagens de uma belíssima guitarra "Tokai Custom Edition" Stratocaster. As Tokai foram construídas no Japão, essa mais especificamente nos anos 80 (Exemplar do final dos anos 80'). Esta Tokai pode ter uma variedade de direções para cobrir tanto quanto aquele timbre limpo e dinâmico, bem como a distorção mais forte ainda mantém o seu som rico e não perde a sua transparência e definição sonora. 

As Edições personalizadas foram fabricadas em apenas alguns anos, a partir de '85 a '87. Assim, raramente são essas guitarras de garimpar no mercado. Trata-se de uma reedição em grande parte da tradicional Stratocaster americana dos anos 60' . Estado original!

Como todos sabem, a ideia de fazer uma exposição virtual e transformar essas imagens em uma galeria de arte é parte de meu esforço em pesquisar e apresentar o objeto de estudo aos amigos desse blog. Chega de papo e vamos ao que interessa. Linda Stratocaster, alguém discorda?


Especificações:

Nome: Tokai®
Modelo: Stratocaster
Série: Custom Edition
Madeira do corpo: Alder
Madeira do braço: Maple
Escala: Maple
Corpo - Shape: Stratocaster
Número de casas: 21
Headstock: Big Head
Neck Plate: Standard 4 furos
Configuração dos captadores: S/S/S 
Captadores: Originais
Chave seletora: 5 posições
Controle: 1 Volume - 1 Tone
Cores: Black
Ponte: Vintage Style - 6 parafusos
Tarraxas: Originais
Escudo e Knobs: Escudo White One Ply - 8 furos com Knobs White
Fabricação: Made in Japan 
Ano: 198?
Fabricante: Tokai Gakki Ltd. (Hamamatsu)
Período de Fabricação: 1985 - 1987


































Fonte:


sexta-feira, 24 de julho de 2015

Vende-se: Guitarra Tokai Stratocaster Silver Star


Olá amigos, dando continuidade ao nosso espaço de vendas no blog, trago o exemplar de uma lendária Tokai Stratocaster, conforme o anúncio do vendedor, uma oportunidade para quem procura o melhor que os japoneses produziram nos anos 80, isso mesmo amigo, foram utilizadas as melhores madeiras selecionadas criteriosamente, a melhor mão de obra japonesa (o que garante a melhor construção ao que se refere: design, shape, linhas, curvas, encaixe e acabamento) e o melhor hardware acompanham essa beleza de strato! 


Especificações técnicas:

-Nome: Tokai®  
-Modelo: Stratocaster 
-Série: Silver Star Series
-Madeira do corpo: Alder/Sen Wood 
-Madeira do braço: Maple
-Body Shape: Stratocaster®
-Escala: Rosewood
-Número de casas: 21
-Trastes: Não especificada
-Finish do braço: Não especificada, mas deve ser em Nitro
-Headstock: Bigl '70s Style
-Neck Plate: 3 furos
-Configuração dos captadores: S/S/S
-Captadores: Não especificados, mas devem ser os originais do instrumento
-Chave seletora: 5 posições 
-Cor: Black
-Ponte: Vintage Style Synchronized Tremolo 
-Tarrachas: Originais
-Escudo: Preto
-Knobs: Pretos
-Controles: 2 tone e 1 volume
-Fabricante: Tokai Gakki Ltd. (Hamamatsu)
-Ano: 198?
-Fabricação: Made in Japan
-Período de fabricação: 1980 - 1989

As fotos deste post retratam a guitarra que está atualmente anunciada no site do Mercado Livre:












quinta-feira, 23 de julho de 2015

Layout: Mudanças no Blog!


E aí amiguinhos, tudo belezinha?

Pois é, vocês já viram que o blog está de cara nova desdr hoje e isso também foi uma coisa importante de se fazer. Eu tenho bastante resistência inicial em mudar as coisas e confesso que no início eu nunca gosto das mudanças, mas com o tempo eu compreendo que foi necessário para tornar algo ou alguma coisa melhor. Nesse caso, concordo que as letras amarelas com o fundo preto estavam muito pesados e a leitura ficava um pouco cansativa. Claro que aquele fundo com as stratos foi retirado, pois a ideia era deixar com uma aparência mais "leve". Peço apenas um pouco de paciência da parte de vocês, porque como mudamos todo o layout antigo, algumas poucas postagens ainda se encontram com o formato antigo (com as letras amarelas e fundo preto), mas aos poucos iremos corrigir todos esses problemas e atualizando aos poucos.

Vocês também vão ver que o blog ganhou um logo personalizado pelo colaborador Moisés, ficou bem legal e agora fica como uma marca registrada da nossa propaganda. Eu fiz uma enquete que se encontra no lado direito do painel na parte inferior, pois levantei uma questão bem pertinente que diz respeito ao foco do nosso blog. Quero deixar claro que jamais iremos deixar de lado o objetivo inicial que era desenvolver o máximo de informações sobre as Stratocasters em um único ambiente para facilitar para aqueles que assim se interessam em saber mais sobre essas guitarras. Sendo assim, não se preocupem que as nossas queridas stratos nunca irão ter um papel secundário aqui no blog, mas não me importo de eventualmente aparecer alguma coisa sobre algum outro modelo aqui, caso nos pareça importante por algum motivo.

A ideia também é trazer para vocês um pouco mais do universo dos pedais, dos amplificadores, dos captadores e tudo mais. Assim, sempre que estivermos testando um amplificador, ou fazendo algum review sobre algum set de captadores, ou até mesmo um test drive de algum pedal, tentaremos fazer utilizando essas ferramentas com uma Stratocaster, para poder mostrar o resultado de uma ferramenta X com uma strato, seja ela qual for. Então mantendo nosso conceito inicial de abordar as stratos, podemos levantar outras informações que são do interesse de todos, sem necessariamente perder o fico do blog: as Stratocasters!

Por enquanto é só galera, fajudem a divulgar o blog e fiquem ligados!


William de Oliveira




quarta-feira, 22 de julho de 2015

Uma história de amor: Baixo Fender Precision 1993


Olá amigos, para a postagem da coluna "Diário de um Strateiro" referente ao mês de Julho, posso antecipar para o amigo leitor que será feita aqui a narração popular de uma incrível história. Estava eu viajando pelo Facebook quando me deparo com esse post:


Posso contar uma história? Posso.


"Uma vez encontrei um broder na rua, comendo coisa do chão, levei ele pra casa, e em recompensa 2 dias depois ele voltou lá e roubou alguns instrumentos meus, incluindo ESSE baixo Fender Precision 93, japonês. Uns 2 anos depois não é que reencontro o bicho? Pintaram ele de branco, mas ele voltou pra mim e o som dele junto com minha alegria fizeram valer o sacrifício de pagar 2 vezes pelo mesmo instrumento. Se não for pagar o dobro do que ele vale, nem ofereça que ele não vai mais sair daqui mesmo! hehe Quando tem que ser..."


Não resisti e entrei em contato com o personagem que vivenciou essa história.. Pedi a ele que escrevesse para o blog me contando exatamente tudo o que aconteceu, é a primeira vez que irei postar sobre um baixo no blog, mas não poderia perder essa oportunidade. Foi uma grande história que não poderia deixar de constar aqui, por isso decidi publicar a narração do amigo Rogério Gagliano:




Meu Precision Precioso

Há cerca de dois anos, estava numa noite de Rio Vermelho, bairro onde geralmente acontecem os eventos da cidade. Ia me apresentar com minha banda, Les Royales (contrabaixo acústico ¾, intercalando com um Fender Precision 93, japonês). Não preciso nem dizer que o baixo é um tanto raro e caro. Vintage também, já que se passaram mais de duas décadas de existência.

Voltando. Então, depois da apresentação encontrei um colega, aspirante a amigo, que tava literalmente sujo e comendo lixo. Levei ele pra minha casa, ficou dois dias, me ajudou com trabalho no estúdio, com a louça e só me pediu uma coisa: um ou dois pacotes de miojo. Importante dizer que nessas 40 horas comigo ele não bebeu, não cheirou, não fumou...

Ao partir me abraçou, me agradeceu e foi embora. Esqueceu um short sujo com a identidade dentro. Dois dias depois, recebi uma ligação de um  colega. Esse meu parceiro de longas datas, precisava de uma guitarra emprestada pra ensaiar com uma banda. Emprestei na mesma hora. Estava na casa de minha mãe e ele se encontrava com o pessoal que morava lá na antiga Vila. Sei que quando voltei pra casa não achei primeiramente meu MacBook que tinha adquirido para as gravações no meu estúdio. Aos poucos fui percebendo que faltava também alguns pedais, umas três guitarras, uma mochila e o case do baixolão, no qual o parceiro embrulhou tudo e fez a limpa lá. Até então não tinha me importado TANTO. O MacBook até que foi “barato” e as guitarras eu não gostava muito. Mas quando precisei do meu precioso, que fiquei realmente triste. Cogitei a hipótese dele estar no estúdio, fui lá e meu coração se despedaçou em desalento. Devo explicar que quando saí da casa de minha mãe e fui morar sozinho, tinha comprado um Fender Precision México 1994 preto com escudo branco por R$800,00 mais ou menos e dei um trato nele. Tive que vender por R$1400,00 para as despesas da minha aventura de sair de casa (a qual deu certo até). Há cinco anos atrás eu já sabia que o som da minha vida era desse modelo e queria outro Fender, quando houvesse oportunidade. Em 2012 consegui o Japonês muito melhor e com a cor creme com escudo branco. Mais vintage, mais som e pela quantia de R$2.350,00 parcelado. Eu era dono de estúdio e era difícil pagar dois aluguéis e ainda mandar dinheiro pro meu filho que foi morar no Sul do país. Fora as outras coisas básicas né?

Então não compreendi muito bem, porque mesmo com o vício desgraçado dele, ele tinha que vir logo à quem estendeu a mão a ele, sem preconceito, receios, etc e fazer a limpa. Pois ele poderia pegar apenas uma guitarra e saciar a vontade dele. Mas o prejuízo passou e em muito os R$5.000,00.

Na época houve uma comoção geral, os amigos tentaram ajudar, mas acabou dando em nada. Ainda encontrei-o nas ruas, mas já tinha percebido que o caso dele era perdido. Não fiz absolutamente nada com ele. Só perguntei o porquê.

No atual momento, encontro-me sem estúdio e negocio instrumentos musicais vintage, para minha alegria, além de tocar, alugar equipamentos, etc... envolvendo música, tá valendo. Fui numa loja de usados que costumo ir regularmente e encontrei um baixo Precision branco, que havia sido pintado. Demorei um tempo tentando juntar uma grana, namorando o baixo, pensando ser minha chance de ter novamente um baixo que me agradava como nenhum outro. Quando finalmente hoje (21/07/15) consegui finalizar a negociação e levá-lo pra casa. Foi quando me dei conta de que o baixo poderia ser o meu que fora roubado. Conferi o número de série e não é que era O MESMO BAIXO? 

Dessa vez o valor foi mais elevado. R$3.100,00 e ele já não estava mais com a pintura original. O misto de sentimentos (alegria, raiva) me pegou de jeito no início. Depois resolvi me libertar do “apego”. O que ganhei depois desse roubo, dessa sacanagem, desse aprendizado todo? Mais cuidado, mais instrumentos e ele de novo. 

Dessa vez vou comprar um escudo preto e deixar como o baixo de Dee Dee Ramone. Comecei a tocar por causa dele e Mike Dirnt do Green Day, depois de ver uma fita cassete do show deles em Chicago em 94.



E aqui estou com ele novamente. Dessa vez ele não sai nem pelo dobro do preço.


Rogério Gagliano

terça-feira, 21 de julho de 2015

Novidades no blog: Novos colaboradores!


Olá amigos, com o objetivo de difundir informações e compartilhar as vastas experiências no campo da musicalidade, colecionismo e tudo o que representa essa paixão pelos instrumentos musicais, em especial pelas Stratocasters, é com prazer que anuncio a convocação de três amigos que serão colaboradores no blog. É bem verdade que seria cansativo demais para minha humilde pessoa que apenas eu desse manutenção na sequência de postagens e além disso, limitaria muito esse saber. Acredito que a escolha desses três novos personagens escolhidos criteriosamente "à dedo", possa acrescentar qualitativamente no campo do saber nesse grandioso espaço. Quando digo que os três escolhidos foram cuidadosamente selecionados, não foi por acaso.Vejamos os colaboradores:

Erich Von Farah: Esse cara é dotado de extremo bom gosto em customizar e personalizar instrumentos musicais, quem já teve a oportunidade de ver as guitarras dele sabe do que estou falando. Além disso, considero um grande colaborador no sentido de manter esforços em contribuir positivamente para o bom andamento das coisas no blog. Para quem nos acompanha a mais tempo, sabe que o Erich participou inúmeras vezes das postagens aqui e nunca ficou fazendo "cú doce" ou se mixando, como muitos caras que convidei para participar e ter a oportunidade de poder escrever sobre seus instrumentos e simplesmente me enrolaram. Quer uma ideia para tornar sua guitarra mais atraente visualmente para deixar seus amigos babando? Sim, ele sabe como fazer. Bom gosto em combinar cores e formas é com esse cara. Tenho absoluta certeza de que minha escolha por esse nome não será em vão, dedicação e parceria da parte dele não irá faltar, és um criativo! Erich, seja bem vindo amigo.

Aldo Bueno: Esse cara é referência quando queremos saber sobre captadores, amplificadores, pedais, guitarras, madeiras, hardware, etc.. etc.. (risos) e não seria por menos, tem experiência de sobra por trabalhar a mais de 15 anos nesse ramo de equipamentos e instrumentos musicais, muita coisa já passou pela mão dele.. e quando digo isso, é muita coisa mesmo, então acredito que sua presença não poderia faltar. Sempre prestativo a informar e orientar de forma correta, está sempre ligado nas principais empresas responsáveis na produção de guitarras, pedais, amplificadores ou captadores. Quer saber como conseguir aquele timbre fantástico da Stratocaster que seu ídolo usa/usou? Sim, ele sabe como chegar lá. Além disso, mantém presença no universo musical de forma bem sucedida e tem prazer pela música que faz. Tenho absoluta certeza de que minha escolha por esse nome não será errada, conhecimento e bom senso da parte dele não irá faltar, és um expert! Aldo, seja bem vindo amigo.

Moisés Figueiredo: Esse cara é um apaixonado pelas Stratocasters. Bem mais do que eu. O Moisés foi o grande responsável pela minha dedicação em buscar informação sobre essas guitarras, pois eu invejava de forma positiva o seu conhecimento sobre as stratos. Quando eu queria saber algo sobre a Fender, lá estava ele para me orientar. É a enciclopédia das Stratocasters, ninguém melhor do que ele para poder descrever cantinho por cantinho de uma guitarra. Além disso, o Moisés é um grande aprendiz, nunca lhe falta boa vontade em buscar aprender sobre todas as coisas, conhecer novas técnicas de luthieria e colocar em prática todas essas aprendizagens. Quer aprender a fazer um amplificador valvulado? Ele sabe fazer. Quer aprender a clonar os principais pedais utilizados pelos nossos maiores ídolos? Sim, ele já buscou conhecimento para fazer. Pensou em criar sua própria marca de guitarras mas não sabe por onde começar? Sim, ele já fez. Quem sabe, aprender técnicas de luthieria para relicar suas guitarras? Sim, o cara não desiste. É um dos poucos auto didatas que eu conheço bem sucedidos, que sabem o que estão fazendo. Tenho absoluta certeza de que minha escolha por esse nome não me trará arrependimento, curiosidade da parte dele em buscar novidades para o blog certamente não irá faltar, és um criador! Moisés, seja bem vindo amigo.


Agora é esperar, pois muitas novidades virão!

William de Oliveira

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Fender Stratocaster Southern Cross, pode ser considerada uma Fender?


Olá amigos, prometo que esse será o último post relacionado as lendárias guitarras Fender Southern Cross produzidas pela Giannini em parceria com a Fender no Brasil, nos anos 90, pois muito já foi postado aqui no blog sobre essas guitarras. Estávamos no grupo de guitarras brasileiras vintages debatendo sobre a SC quando algumas questões foram levantadas, mas a principal delas é: a SC pode ser considerada uma Fender?

Sim, tanto quanto as japonesas, mexicanas, coreanas e chinesas (Modern Player). A planta da Fugijen no Japão construiu guitarras Fender e todos chamam de Fender em razão de manter o conceito original e próprio da Fender. A planta da Giannini construiu ou tentou construir Fender no Brasil sem manter muito desses conceitos originais da stratocaster e por isso a galera se refere como ''está mais para Giannini do que para Fender''. Na verdade eu consigo compreender os dois lados.. quem chama de Fender e quem chama de Giannini. 

O conceito que me refiro nem é sobre as madeiras, pois nos USA usavam vários tipos desde ash, alder e até poplar. O conceito original que me refiro é o esforço em manter as medidas padrões de construção que os japoneses preservaram de modo inquestionável, sendo comparado os instrumentos produzidos nos anos 80/83 aos pré CBS (principalmente aos instrumentos de serial VJ). Já aqui no Brasil, basta o cara pegar uma SC e medir. O corpo não segue os padrões dessas medidas.. nem no shape e nem no tamanho, talvez no peso.. mesmo que o Cedro seja mais pesado do que em comparação ao Alder, não sei o que os funcionários da Fender que vieram ao Brasil inspecionar a produção faziam que não se importaram com isso (O Carlos Assale confirmou em entrevista que um funcionário da Fender vinha inspecionar rigorosamente a produção). O braço também apresenta medidas sempre incorretas e não segue em NADA o padrão da Fender Stratocaster americano.. e não me refiro ao Marfim.. me refiro as medidas e na construção. As primeiras construídas no Brasil e que receberam o selo de Squier Series também apresentam todas essas erratas, mas ainda considero muito melhores que a série adesivada ou rotulada de Southern Cross.

Quanto as madeiras, no japão se fez Fender de Basswood e Maple asiático, então, não vejo muita diferença conceitual no emprego das madeiras onde cada país utiliza aquilo que de melhor tem a sua disponibilidade em termos de matéria prima, se bem que a Fender nos anos 60 utilizou Jacarandá (Rosewood) que é uma madeira nativa brasileira. Então eu penso: A Southern Cross é Fender? SIM. Mas não mantém o conceito e os padrões da Fender. E não me refiro a madeira, tanto faz se é de Cedro, Baswood, Ash ou Alder, deveriam preservar o mesmo shape e as mesmas medidas e padrões dos americanos.. os japoneses e os mexicanos conseguiram.. mas aqui o amadorismo da Giannini falou mais alto. Eu penso isso. Quer colocar um logo da Fender e vender como Fender? Independente se for aqui no Brasil ou do outro lado do mundo, deveriam manter rigorosamente os padrões da Fender, mas a Giannini nunca fez isso (ou não conseguiu). Se é para construir uma Stratocaster com medidas e padrões diferentes da Fender, então, chama de outra coisa.. e não de Fender. Até mesmo os americanos perderam a mão durante um pequeno período do início dos anos 80, mas se reestruturaram porque viram que estavam cometendo um erro grave que poderia levar a empresa à falência.

Seria muito legal no Brasil ter Fender de Cedro e Marfim com escala de jacarandá, ou apenas em uma peça única de Marfim no braço, ou seja, madeiras brasileiras.. mas que fosse sério! O que a Giannini e o Assale fizeram, que me desculpem os adoradores do Carlos Assale, não foi sério. O projeto do saudoso Carlos Assale, criador da Dolphin, infelizmente não faz força aos projetos da Fender nos outros países. Há quem pense diferente e eu respeito, mas não vi padrões se repetindo nas três Southern Cross que eu tive, cada uma era de um jeito. Claro que não estou afirmando que é papo do Assale quando ele disse que os funcionários da Fender vinham fiscalizar a produção, mas mesmo as primeiras não tinham as medidas e nem os padrões da Fender, eram apenas Stratocasters que de alguma forma se pareciam com as Stratocasters americanas.

Sobre o timbre das SC, para quem se pergunta se pode ser comparado ao timbre das americanas, a resposta é não! As stratos possuem sons e timbres diferentes e isso não necessariamente se justifica apenas aos captadores. Ninguém sabe a resposta, se é devido a madeira envelhecida.. se devido as medidas ou até as camadas de tinta que podem influenciar no som. Cada um inventa uma teoria. O fato é que existem diferenças timbrísticas entre as stratos. A resposta pode ser encontrada nesses pequenos detalhes, a forma como os captadores eram construídos e enrolados a mão nos anos 50, bem como o material utilizado para construir os captadores, o cuidado nos detalhes do shape e nas medidas exatas.. acho que tudo acaba influenciando. Leo Fender costumava dizer nos anos 50 que construir uma guitarra boa era fácil, o difícil era construir instrumentos bons em escala, pois eu acho que ele sabia que cada instrumento é único, não existem dois iguais.

Ainda aproveitando o debate no grupo de guitarras brasileiras vintages e reescrevendo a opinião do amigo Moisés Figueiredo, profundo admirador das Stratocasters, "Já vi SC de 4,2cm de espessura à 4,5cm; com o shape variável entre elas. Fico pensando se não existia gabarito para as tupias da fábrica da Giannini... ou se era tudo na serra de fita, daí justificaria a falta de padrão". Outro amigo colecionador e apreciador de instrumentos vintages, Leonardo Soares comentou: "Agora, se está no padrão de uma AMSTD, parece que não, ainda que isto não seja visualmente perceptível a olho nu a mais do que algumas dúzias de pessoas mundo afora. Igualzinha, milimetricamente, sabemos desde sempre que não é. A questão é se os milímetros de diferença na espessura ou em alguma parte do corpo, ou no head ou no raio da escala dão a ela alguma característica que a faça não parecer uma Stratocaster em termos de tocabilidade, timbre ou visual. Minha resposta pessoal para as 3 é: não. Existem diferenças? sim. As diferenças tornam ela outra guitarra que não uma Stratocaster? Não. Que eu me lembre, apesar do padrão geral, a própria Fender tem muitos desvios de rota em suas guitarras USA."




Como disse antes, as opiniões variam e as teorias são muitas, bem como as vastas experiências com o instrumento. 


Vamos ao Quiz de perguntas e respostas:

* Se eu customizar com hardware Fender USA uma Souther Cross, ela não terá diferenças para a americana? MITO.

* A Fender Southern Cross é considerada uma legítima Fender? Verdadeiro.

* A Fender Southern Cross não perde nada para as japonesas, americanas ou mexicanas? MITO.

* A Fender Southern Cross são a mesma coisa que as Giannini Stratosonic da mesma época? MITO.

* A Fender Southern Cross tem as mesmas madeiras das Giannini Stratosonic dos anos 90? Verdadeiro.

* Existem Southern Cross consideradas "moscas brancas" por terem hardware americano de fábrica? MITO.

* Foram produzidas apenas 5000 unidades das Fender Southern Cross nos anos 90? Verdadeiro.

* Passados mais de vinte anos do lançamento das SC no Brasil, restam bem menos de 5000 unidades? Verdadeiro.

* As primeiras produzidas com o selo Squier Series eram melhores acabadas ou construídas que as SC? Verdadeiro.

* Muitas SC tiveram parte do logo raspadas como o "Made in Brazil" para se fazerem passar pela americana? Verdadeiro.




Quer saber mais sobre as Fender Southern Cross? Cheque essas outras postagens do blog:







William Martins de Oliveira