Uma Strato com preço "Stratosférico"

Colecionadores de guitarras vivem momentos de grande expectativa. No próximo 1º de abril, em pleno dia da mentira, será realizado em Londres o leilão de uma guitarra Fender Stratocaster 1964, que pertenceu a Jimi Hendrix. O lance mínimo beira R$ 1 milhão, mas as previsões são de que o instrumento possa alcançar a cifra de R$ 3 milhões. A guitarra pertence a Leon Hendrix, irmão de Jimi, que está doente e precisa de dinheiro para se tratar. Quem arrisca um lance?

Em tempos de dólar na estratosfera, só mesmo uma boa loucura justificaria um investimento na moeda americana. Mas como o mundo de hoje está suficientemente cheio de loucos, alguns endinheirados, é bem provável que eles se encontrem no próximo dia 1º de abril, não para celebrar o dia da mentira, mas para arriscar o lance de suas vidas: comprar a Fender Stratocaster 1964, com a qual Jimi Hendrix tocou nos primeiros meses de sua banda, a Jimi Hendrix Experience. Para isso, será preciso marcar presença no leilão que a Ted Owen & Co. promoverá em Londres, às 10h desse dia, e, claro, preparar um cheque de pelo menos 600 mil  libras esterlinas, equivalentes a cerca de US$ 900 mil ou um pouco mais de R$ 3 milhões.

Investimento - Digamos que no dia do leilão o número de loucos não seja assim tão grande e que a guitarra saia pelo lance mínimo. Mesmo assim, o feliz proprietário terá de desembolsar nada menos do que 200 mil libras, cerca de US$ 300 mil ou mais ou menos R$ 1 milhão. Terá valido o investimento?

Como estamos tratando de loucos, a resposta será sempre positiva. Mais do que um simples instrumento, a Fender de Hendrix assume características de relíquia quase religiosa para os discípulos do maior guitarrista de todos os tempos. Talvez ela tenha poderes mágicos. Talvez encerre algum pacto. Talvez seja uma dessas muitas coisas que os loucos por guitarras adoram inventar.

Vibrações - Seja o que for, o fato é que, em si, ela é apenas uma guitarra de 51 anos. Até aí, tudo bem. Nenhum problema. Reza a lenda (e a prática também) que guitarras velhas são as melhores. Têm os melhores timbres, já que as madeiras estão totalmente secas, consolidadas, pouco sujeitas a deformidades. Vibram como varas de condão.

Loucuras à parte, as condições atuais do instrumento não são das melhores. Ele está machucado pelo tempo e pelo pouco apreço que Hendrix  tinha por suas guitarras. Basta lembrarmos o que ele fez com uma delas no Festival de Monterey, em junho de 1967.

Para quem não se recorda, sua guitarra (por sinal, uma outra Strato) foi imolada em uma ridícula fogueirinha alimentada pelo combustível que jorrava de uma não menos ridícula bisnaguinha de plástico que Hendrix, como um sacerdote enlouquecido, espremia. Há que se dar um desconto a isso tudo. Eram os anos 60. Era uma época de loucos.

Depois da recepção, já durante os ensaios na Arena, Jimi perguntou se Leon ainda queria tocar com ele em sua banda. Tímido, Leon disse que sim.

Faltava apenas o essencial: aprender a tocar guitarra. Generoso, Jimi olhou em volta e uma das três Stratos que levara para Seattle estava no chão, dentro de seu estojo aberto. Era um instrumento na cor three tone sunburst, com quatro anos de uso.

Jimi:

_Você tem uma guitarra?

Leon:

_ Não.

Jimi:

_ Então, pegue essa para você. 

Leon:

_ Não sei, cara…

Jimi:

_ Vá em frente e pegue a guitarra. Você não tem que aprender a tocar agora. Você pode não quer, mas eu quero que você fique com ela.

Doente - Leon ficou com a guitarra e tocou durante muito tempo com ela. Hoje, com problemas de saúde, está precisando de dinheiro e quer vendê-la. Apesar de ser o único parente vivo de Jimi, por questões legais não viu um centavo do espólio do irmão, que morreu de overdose em Londres, em 18 de setembro de 1970, aos 28 anos.

Vamos ver quem será o louco endinheirado que ouvirá a martelada final do leiloeiro e se transformará no novo fiel depositário da guitarra de Jimi Hendrix. Que pelo menos faça bom uso dela e saiba respeitá-la.

Uma última coisa: se alguém quiser arriscar um lance via internet, basta acessar www.liveauctioneers.com e ir ao lote 125.

E boa sorte.

A Fender Stratocaster 1964 de Jimi Hendrix que irá a leilão no próximo dia 1º, em Londres:

Adaptado de:

http://cultura.estadao.com.br/blogs/sonoridades/fender-stratocaster-de-jimi-hendrix-alcanca-preco-estratosferico/

Unboxing Reissue 62' Stratocaster

Vídeo da minha mais nova aquisição:

PS: Em breve, postarei no blog um review completo dela, bem como contar um pouco da história dessa guitarra.

Amigo Strateiro: Fender Reissue 72'

Olá amigos, dando continuidade nas postagens, conforme fizemos nos meses anteriores onde convidei um amigo a postar sua Stratocaster, dessa vez convidei um novo amigo para participar no mês de Março e postar as imagens, além de ter a oportunidade de comentar sobre seu instrumento.

Conforme mencionei nas outras vezes, outras pessoas também podem usar esse espaço para compartilhar informações e experiências com seus instrumentos, nada mais legal do que somar vivências. Quer que sua Stratocaster seja postada no blog? Entre em contato conosco. A única regra é: o instrumento precisa "ser strato" e o amigo precisa "ter a strato". 

Dando continuidade nesse espaço, convido para o mês de Março o amigo Matheus Bastos, proprietário de uma lendária Fender Reissue 72' japonesa.

Nome: Matheus Bastos

Cidade: Pelotas/RS

Proprietário: Fender Reissue 72'

Serial Number: A035087

Conte um pouco da sua história com o instrumento: onde, como e quando comprou?

Sempre fui viciado em Stratocasters, principalmente por causa do Ritchie Blackmore e do Yngwie Malmsteen, então é basicamente o meu modelo favorito, há cerca de uns dois meses atrás eu vinha atrás de uma Stratocaster mais antiga, e vinha dando uma olhada por sites na internet, aí um dia encontrei essa guitarra em especial por um preço muito bom e com as devidas pesquisas resolvi arriscar nela.

Para você, o que representa ter uma Fender re edição?

Pelo fato de ser uma reedição de um modelo dos anos 70, que visualmente é a minha época preferida entre todas da Fender, e devido as influências que eu citei anteriormente, ela se torna um instrumento especial pra mim neste momento, tenho um carinho diferente do que com as outras guitarras que possuo.

Como você definiria o som desse instrumento?

Pelo que eu andei tocando ela se comporta muito bem tanto em sons limpos quanto distorcidos, mas acho que a definição ideal seria que ela como quase toda stratocaster é pau pra toda obra. Segura muito bem um Fuzz Face no talo, e também lida bem com sons bem limpos, cristalinos.

Qual o principal ponto forte da guitarra?
O ponto forte, dá pra dizer com certeza que é o braço, é de longe o braço mais confortável que eu já toquei em uma guitarra, levando em consideração que tenho uma Ibanez da série RG em que o braço também é um ponto bem forte, mas o dessa guitarra é muito bom e confortável. Outra coisa que é um ponto forte nela é o visual e a construção, são dois quesitos impecáveis

Qual o principal ponto fraco da guitarra?

Na minha opinião não é bem um ponto fraco, é mais uma questão de gosto, mas eu achei os captadores surpreendentemente graves, eles têm uma definição bem boa e um timbre muito bom também, porém sinto um excesso de graves, que as vezes pode dar uma incomodada, mas nada que atrapalhe a nota geral da guitarra, que é extremamente positiva.

Pretende fazer algum upgrade ou já fez alguma modificação na guitarra?

Não fiz ainda, mas pretendo sim, tenho um trio de captadores Custom Shop 69 da Fender, e estou ansioso pra instalá-los nessa guitarra, que com certeza vai dar um salto absurdo na qualidade, penso também no futuro trocar os trastes vintage por algum jumbo, fora isso não sinto necessidade de nada, a ponte devidamente regulada é ótima, o tremolo funciona muito bem, e as tarraxas seguram muito bem a afinação também.

O que você diria as pessoas que não conhecem o modelo, ou que sempre duvidaram da qualidade e fidedignidade das re edições?

Eu nunca tinha tido a chance de tocar numa reissue, e posso garantir que são instrumentos de altíssima qualidade, essa edição japonesa em especial, por tudo que eu li e agora por ter tido a oportunidade de tocar, sou capaz de afirmar que é uma guitarra pra vida toda e sem necessidades de upgrades ou modificações extremas, no máximo algo que seja bem pessoal, como captadores ou trastes. São ótimas guitarras, e que valem muito a pena o investimento.

Especificações:

Nome: Fender®
Modelo: Stratocaster
Série: Reissue 72'
Madeira do corpo: Basswood
Madeira do braço: Maple
Escala: Rosewood
Corpo - Shape: Stratocaster
Número de casas: 21
Headstock: Big Head
Neck Plate: Standard 3 furos
Configuração dos captadores: S/S/S 
Captadores: Alnico
Chave seletora: 5 posições
Controle: 1 Volume - 2 ToneCores: Creme
Ponte: VintageStyle - 6 parafusos
Tarrachas: Originais
Escudo e Knobs: Escudo branco com Knobs aged white
Fabricação: Made in Japan
Ano: 1985
Fabricante: Fujigen - Fender®

Período de Fabricação: 1985 / 1986

Guitarra: Cuidados X Obsessão

Olá galera, com o post de hoje definirei um hábito obsessivo entre a maioria dos guitarristas: quando o cuidado se torna uma obsessão.

Muitas pessoas não permitem que os amigos ou familiares toquem a mão em seus objetos, daí a necessidade de criar um conceito onde a preservação parece o foco. Em museus, não é possível tocar na grande maioria dos objetos, a não ser que seja parte da amostra que o público faça algum tipo de interação com os objetos, nesse caso, abre-se uma exceção e o objeto é compartilhado entre todos. Mas entre os colecionadores, essa tendência é quase inexistente: a coleção é para ser admirada, apreciada, e não tocada. Para muitos, os instrumentos musicais não deveriam estar em museus e fora do alcance das pessoas, um instrumento parado se tornaria assim um instrumento obsoleto, sem vida, perdendo sua condição mais nobre e especial, a arte de fazer música. Quem nunca tentou pegar a guitarra do amigo para fazer um solo e percebeu que o cara ficou estranho? Ou que pareceu nem reparar no seu solo? Pois é, é bem capaz de que o mesmo estivesse desconfortável ao emprestar seu instrumento. Por isso, que sempre quando vou na casa de alguém tocar, busco levar as minhas coisas. Ou então vejamos o momento em que seu amigo pede a sua guitarra para mostrar aquele solo que tirou na noite passada, você passa o instrumento e milhões de coisas passam na sua cabeça: "será que ele está com as mãos limpas?", "será que comeu aquele pedaço de pão com maionese escorrendo e se lembrou de pegar o sabonete?", entre outras coisas muito piores que eu mesmo já pensei na ocasião. Então o amigo começa o solo do Joe Satriani e usa os Bends mais loucos possíveis, e você fica encarando a situação e o melhor que pode acontecer é arrebentar uma corda e você terá que comprar um jogo novo, pois você é um cara chato e não gosta de repor apenas a corda que arrebentou, ela é nova e ficará diferente das outras cinco, ou então o amigo toca aquela frase do Steve Vai em que usa a alavanca como se fosse arrancar do corpo do instrumento, muitas vezes é preferível nem olhar para a frente mesmo. Quem não gosta de compartilhar seus instrumentos, oriento que cole o selo em seu álbum do Facebook, ou melhor, imprime em escala maior e manda colocar uma moldura e pendura na parede do seu quarto, preferencialmente ao lado do seu amplificador e de suas guitarras. Quem não tiver uma Fender, não tem problema, vale até mesmo se você tiver uma Tonante... imprima pu faça um adesivo da imagem, é fácil e qualquer editor de imagens pode fazer o trabalho.

Eis a lista de obsessões:

- Lavar as mãos antes de tocar;

- Afinar a guitarra antes de tocar;

- Verificar novos arranhões antes de tocar;

- Não permitir que outra mão além da sua toque o instrumento;

- Jamais emprestar;

- Quando arrebentar uma corda, coloca um set novo;

- Depois que tocar, passa uma flanela nas cordas, no corpo e na escala;

- Eliminar digitais no corpo/verniz do instrumento com flanela;

- Pincelar a guitarra para tirar o pó;

- Tirar do case apenas quando for tocar ou quiser admirar;

- Não deixar o amigo usar a alavanca durante os solos com a desculpa que vai "desafinar";

- Nunca deixar pegar sol.

- Nunca deixar pegar umidade;

- Não deixar o amigo mudar a chave seletora de captadores com a desculpa que estraga;

- Verificar as palhetadas do amigo para ver se não vai arranhar o escudo;

- Camisa com botões ou calça jeans com botões ou pinos arranham o verniz;

E você, tem outra mania?

Imagens: Google imagens.

William de Oliveira

Raridade do mês: Fender Stratocaster 35th Anniversary Mustang Commemorative Guitar

Olá amigos, venho trazer nesse post dedicado à raridade do mês de Março uma edição raríssima produzida nos anos 90 pela Fender, em parceria com a Mustang, trata-se do trigésimo quinto aniversário de um automóvel da lendária marca automobilística americana. Nada mais justo, a edição foi limitada a 35 guitarras. As fotos deste post retratam a guitarra de número #1. 

  

 Especificações técnicas:

-Nome: Fender Stratocaster® Custom Shop
-Modelo: Custom Shop, 35th Anniversary Mustang 
-Série: Commemorative 
-Madeira do corpo:? 

-Madeira do braço: Maple 

-Body Shape: Stratocaster®

-Escala: Ébano [It has an ebony finger board with laser-cut running horses in brass, copper, nickel silver and white shell.]

-Número de casas: 22 [25.5” Scale with 22 frets and measures 1.6875” width at the nut]

-Trastes: Jumbo Frets ??

-Finish do braço: Satin Urethane ??

-Headstock: Small '50s Style

-Neck Plate: Standard 4 furos

-Configuração dos captadores: S/S/S

-Captadores: Custom Shop Custom ’50™ Single-Coil Bridge, Middle & Neck Pickup

-Chave seletora: 5 posições [Fender® Five Way Selector Switch]

-Cores: Chrome-plated hollow aluminum

-Acabamento do Hardware: Chrome

-Ponte: American Standard Tremolo [with deluxe polished saddles]
-Tarrachas: Fender® Locking Tuners Chrome

-Acessórios: Bag/Case

-Escudo e Knobs: Chrome

-Controles: 2 tone e 1 volume 

O corpo apresenta uma série de peças "únicas da Mustang", incluindo alguns controles Mustang de rádio para o volume e botões de regulação, script "Mustang" gravadas a laser e um "Cavalo Running" badge Fender.

Uma guitarra americana icônica para comemorar um carro americano icônico: The Rhythm of the Road Fender Custom Shop Edição limitada. Essa Stratocaster foi encomendada pela Ford Motor Company para celebrar o "35º aniversário de seu Mustang". 

A produção foi limitada a 35 guitarras. Este é guitarra # 1. Tarrachas cromadas com trava.

Chrome-plated hollow aluminum.

Cavalinhos e mais cavalinhos.

Seu bag azulado ganha em conforto e por ser macio,  é de pelúcia e apresenta um ziper "Mustang key", alça de ombro acolchoadas e o logotipo "Custom Shop" gravado entre as alças do exterior de armazenamento alforje. Tudo isso, é claro, dentro de um case característico Fender para abrigar essa maravilha sem sofrer nenhum tipo de risco.

  Vai um Mustang aí?

                                                                                                                 William de Oliveira

Parabéns: 1 ano do Blog!

Pois é galera, parece mentira mas é isso mesmo, o Blog irá completar seu primeiro ano de existência no dia 31 de Março (data da primeira publicação do blog: Giannini Stratosonic Ae08). No início o que parecia apenas uma ideia sem maiores pretensões acabou se tornando realidade. Hoje, dia 17 de Março o blog já conta com mais de 50.000.000 acessos, isso mesmo amigo, mais de cinquenta mil acessos! Claro que comparando com outros blogs de maior sucesso (e maior tempo também) esse aqui ainda está pequenininho, mas foi com a ajuda de vocês que tudo isso se tornou possível. Vou postar para vocês alguns dados e curiosidades do blog:

* Início do blog: Março de 2014;
* Postagens em 2014 (Total): 40;
* Número total de postagens até o momento: 56;
* Postagem com maior número de views: 350 views (Golden Stratocaster Made in Brazil #012);
* País com o maior número de acessos: Brasil;
* Top 10 país que acessaram o blog: Brasil, USA, Alemanha, França, Rússia, Portugal, Espanha, Ucrânia, Canadá e Romênia;

* Total de guitarras Stratocasters na minha coleção: 28;
* Origens de tráfego: Google e Facebook;